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O Universo Simulado

Imagine uma caverna. Nela vivem pessoas aprisionadas desde a infância, de forma que eles só podem observar a parede e as sombras que são projetadas nela pelos eventos do mundo fora da caverna. Para esses prisioneiros, as sombras são a realidade, já que eles nunca viram nada além disso. De fato, se fossem subitamente libertados e levados para o mundo exterior, provavelmente teriam um colapso nervoso, incapazes de compreender o que estariam vendo.

Essa alegoria da caverna, proposta por Platão, tem como objetivo provocar no leitor a reflexão sobre o seu próprio mundo: e se o que nós consideramos real não passar de sombras na parede? Talvez o exemplo mais famoso na cultura popular seja o filme Matrix, em que o protagonista descobre estar vivendo em uma realidade simulada pelas máquinas. Em outras épocas, filósofos e poetas escreveram que o mundo pode ser o sonho de uma borboleta, ou que podemos não ser mais que um cérebro em um jarro, recebendo estímulos falsificados que interpretamos como sendo o mundo real. Claramente, é uma ideia que captura a imaginação da humanidade. Mas ela pode estar correta? Aqui estão três argumentos de por que nós provavelmente vivemos em um universo simulado:

Hoje nós já produzimos simulações do universo com diferentes níveis de detalhe, de The Sims a dobras de proteína. Usando todas as leis da física que conhecemos, os maiores supercomputadores do mundo em 2017 mal conseguem simular realisticamente um punhado de partículas e suas interações. Mas apesar da escala minúscula das nossas conquistas nessa área, não parece ter nada inerentemente impossível em simular objetos maiores: com poder computacional suficiente, simulações fisicamente realistas estão no futuro da humanidade.

Se essas simulações são possíveis, então é matematicamente provável que nós já estejamos em uma. Afinal, um universo real pode conter inúmeros universos simulados diferentes. Nesse caso, a chance de nós sermos parte do universo verdadeiro é muito pequena. Pense em um grupo de universidades com dez supercomputadores rodando uma simulação do universo cada. Ao fim de um ano, as simulações são substituídas por novas, e o experimento dura dez anos. Se cada simulação tem a mesma população que o mundo real, a chance de qualquer indivíduo não ser simulado é menor que 1%. Se você pensar que as simulações podem ser eventualmente algo trivial, que pode ser executado em qualquer computador, nossas chances são ainda piores.

Se nós estivéssemos em uma simulação, seria possível detectarmos a diferença? Talvez. Uma simulação eletrônica teria algumas caraterísticas identificáveis. Em particular, a lógica computacional funciona a partir de uma linguagem binária, 0 e 1. Isso significa que existe um limite inferior em qualquer quantidade descrita por um computador, algum ponto em que não é possível dividir o que está sendo medido em uma quantidade menor. Do ponto de vista de um bit, ou o número é 0, ou é 1. Não existe meio-termo.

Curiosamente, a nossa realidade apresenta algumas características parecidas, pelo menos em escala subatômica. De fato, a ideia de que algumas propriedades físicas só existem em certas quantidades específicas, sem possibilidade de estados intermediários, é a base da física quântica — um “quantum” descreve justamente o menor valor possível para descrever uma propriedade. Por exemplo, a energia de um elétron orbitando um núcleo é quantizada, e portanto só pode existir em valores específicos: não existem elétrons orbitando entre uma órbita e outra. Da mesma forma, a luz só existe em pacotes de pelo menos um fóton — o universo não parece permitir um “meio fóton”. Em um fenômeno ainda mais esquisito, o próprio espaço é quantizado: na escala de uma distância de Plank (cerca de 10-³⁵ metros, muito menor que até mesmo a menor partícula subatômica) não existem distâncias intermediárias entre um ponto e outro. Ou você está no ponto A, ou você está no ponto B, e é impossível encontrar o meio do caminho entre os dois pontos.

Essa quantização do universo parece apontar para um universo digital. Um universo verdadeiramente analógico poderia, em princípio, conter infinitos estados intermediários. Entre cada metro existiriam centímetros, e cada um desses teria milímetros, que por sua vez conteriam micrômetros, e assim por diante indefinidamente. O fato de que essa escala tem um fim pode ser um indício dos limites do processamento da nossa simulação, o ponto em que é necessário decidir se o bit representa 0 ou 1.

Outra forma de detectar que estamos vivendo em uma simulação seria presenciar um “bug”, alguma quebra na coerência da realidade simulada. No filme Matrix, isso se manifesta na forma de acontecimentos repetidos e do sentimento de déjà vu que os acompanha. Na prática, simular um universo seria uma tarefa extremamente custosa em termos de recursos, e seria vantajoso usar várias técnicas para diminuir as quantidades de energia e processamento envolvidas. Essas técnicas de otimização, por sua vez, fariam a simulação se comportar de uma maneira sutilmente diferente da realidade, de uma forma que poderia ser detectável.

Porém, do ponto de vista de uma simulação, a explicação pode ser simples: a simulação mantém uma fórmula matemática das possíveis posições da partícula na memória, mas só “desenha” essa partícula quando é realmente necessário, ou seja, quando ela é medida. Seria uma técnica familiar a qualquer programador de jogos, em que tipicamente apenas a parte do cenário visível para o personagem está sendo desenhada, enquanto o resto do mundo existe em um estado abstrato, como forma de economizar recursos. Nesse cenário, as partículas existem apenas como uma representação matemática no código, e só assumem realidade física quando precisam interagir com algum outro objeto.

Para a maior parte dos propósitos práticos não faz diferença se o mundo é real ou não — assim como os prisioneiros da caverna de Platão, essa realidade é tudo que conhecemos, então ela é “real” para nós.

Mas se de fato vivemos em um universo simulado, temos um novo objetivo fundamental: evitar que a simulação seja interrompida! É difícil especular sobre quais seriam os interesses de quem estiver rodando a simulação, mas se eles forem como nós, podemos pensar nas nossas próprias simulações, e o que esperamos delas. Em outras palavras, talvez nossa sobrevivência dependa diretamente da nossa capacidade de ser Sims interessantes. Da próxima vez que você estiver irritado com os terraplanistas, lembre que é possível que eles sejam a única coisa impedindo um adolescente entediado de desligar nosso universo.

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